Dra. Karine Cunha

A terceira idade é um período repleto de mudanças. O corpo já não responde como antes, o tempo livre aumenta com a aposentadoria e os filhos seguem ocupados com as próprias vidas. Diante dessa nova perspectiva, o que começa como uma tristeza passageira pode virar um quadro de depressão. Você sabe qual a hora de levar uma pessoa a um psiquiatra para idosos?

Muitas vezes, o isolamento e o ritmo lento são considerados fatores normais da idade avançada e, consequentemente, tais sinais acabam passando despercebidos pelo paciente. É nessa hora que entra o papel da família, que precisa observar de perto e conversar para saber se o auxílio médico se faz necessário.

Quanto mais cedo identificado o problema, maiores as chances de sucesso do tratamento. Pensando nisso, confira a seguir como você pode identificar os sinais e ajudar um parente idoso a buscar um psiquiatra.

Como identificar a depressão em idosos?

Em geral, a saúde mental apresenta mudanças de forma sútil. Por isso, é preciso observar com cuidado as alterações de hábitos, rotinas e de humor. As dicas a seguir podem ajudar nessa análise.

As principais causas de depressão na terceira idade são:

  • falecimento de cônjuges, familiares e amigos;
  • isolamento social;
  • falta de autonomia;
  • problemas de saúde;
  • dificuldades financeiras.

Enquanto isso, os principais sinais de alerta são:

  • queda de vitalidade;
  • insônia ou sono em excesso;
  • perda do apetite;
  • tristeza constante;
  • dificuldade de concentração;
  • cansaço permanente.

Como procurar um psiquiatra para idosos?

Uma das maiores dificuldades nesse processo pode ser convencer a pessoa de que um médico pode ajudar. Para driblar isso, você pode começar buscando o psiquiatra para idosos, explicando o caso e pedindo conselhos sobre como tratar o tema com o paciente.

O ideal é buscar um psiquiatra geriátrico, pois esse profissional saberá lidar melhor com as características específicas da idade, ajudando o paciente a se sentir mais confortável. Além disso, é importante observar a interação entre todos os medicamentos que o idoso utiliza em sua rotina, de modo a evitar efeitos colaterais ou danos à saúde.

O apoio da família é fundamental durante todo o processo. Além do auxílio médico, os parentes podem se organizar para ajudar o idoso, dividindo as responsabilidades listadas a seguir:

  • fazer companhia;
  • lembrar os horários dos medicamentos;
  • ajudar a encontrar e manter um hobby;
  • preparar refeições saudáveis;
  • agendar consultas;
  • incentivar a prática de atividades físicas.

Atividades em grupo também podem ser bastante estimulantes, como grupos de jogos e de danças ou a participação em trabalhos voluntários. Essas práticas permitem que o idoso saia de casa com mais frequência, faça novas amizades e se sinta feliz em ajudar outras pessoas.

A dificuldade de conversar sobre o tema é um grande obstáculo a ser superado para facilitar o tratamento. Por isso, a família deve acompanhar de perto a terapia e estar aberta para escutar as necessidades do paciente. Dessa forma, o acompanhamento com psiquiatra para idosos terá maior eficácia.

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Categorias: Bem estar